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Transtornos Globais do Desenvolvimento





A ARTE DE ERICO SANTOS NA ESCOLA ESPECIAL
Data : 07/07/2008
A Escola Municipal Especial de Ensino Fundamental Professor Luiz Francisco Lucena Borges, situada no Jardim Itu-Sabará em Porto Alegre, é uma escola que atende crianças e adolescentes, do zero aos 21 anos de idade, que apresentam transtornos do desenvolvimento (autismo e psicose) e tem como objetivo desenvolver atividades que promovam diversas vias para inclusão.
O Projeto Escola Espaço de Cultura, através da Oficina de Artes, é um projeto aberto que tem por objetivo integrar alunos da comunidade e alunos da escola especial, promover o estudo sobre artistas, realizar trabalhos de artes, nas mais diversas formas de expressão plástica, visitar museus, fundações e espaços de cultura na cidade de Porto Alegre, além de realizar exposições itinerantes dos trabalhos de artes produzidos pelos alunos. A Oficina, nestes últimos anos, realizou projetos partindo dos estudos da vida e obra dos artistas plásticos Iberê Camargo (2002 e 2004), Joan Miró (2005), Tarsila do Amaral (2006), Alfredo Volpi (2007). Neste ano os estudos no Projeto partiram da obra do artista gaúcho Erico Santos. O trabalho vem sendo acompanhado no seu processo pelo próprio artista que subsidiou generosamente a escola com importantes materiais referentes ao seu percurso como artista plástico.
Como explicam as coordenadoras do projeto,  as professoras  Patrícia Zillmer  e Rejane Caspani Dubois ,  “entusiasmamo-nos com a possibilidade de interlocução com um artista local, o que também seduziu os alunos a buscarem na essência do colorido, luz e movimento das obras de Erico o ponto de partida para suas criações. Iniciamos o trabalho apresentando a obra de Erico Santos aos alunos pela Internet. Num primeiro momento percorreram várias imagens para apreciação geral e posteriormente foram convidados a escolher aquela que chamou mais sua atenção. A imagem então passa a ser apreciada neste momento de forma mais singular, onde este aluno é convidado a falar, sinalizar, expressar de alguma maneira o seu sentimento com relação aquilo que esta vendo. Como muitos alunos não se expressam verbalmente, incentivamos gestos ou qualquer outra forma de manifestação, é necessário aguçar nossa sensibilidade para auxiliar este aluno a se fazer entender. Erico em seu livro Arte – Emoção e Dialogo diz que ‘a arte é vista de formas diferentes conforme as diversas concepções de cada pessoa’ e nós queremos nesta etapa do processo de aprendizagem compreender um pouco daquilo que nossos alunos absorveram da essência da obra deste artista. A grande maioria dos alunos escolheu obras com flores e se detiveram nas formas e leveza das cores. Iniciamos então uma nova etapa do trabalho com atividades de experimentação e composições. Foram distribuídas pétalas coloridas recortadas em papel, com diversas cores e formas e flores secas, onde cada um pode manusear, perceber a textura, aroma, cor, forma. Muitos alunos conseguiram minuciosamente desmanchar as flores secas e colar as pétalas em seus trabalhos, criar as suas flores, superando muitas vezes a motricidade bastante comprometida, ou uma hiperatividade que dificulta e impede o domínio do próprio corpo e cada um destes trabalhos tem uma história única e singular. Foram desenvolvidos projetos de trabalho, com desenhos e pinturas de formas ou coloridos do que o aluno mais apreciou na obra do artista, alguns com giz de cera, muitos com tinta guache no papel de desenho. O trabalho com as “flores de Erico” tem sido surpreendente, pois como ele mesmo diz: ‘uma pintura só é boa quando emana de si uma espécie de radiação que são as emoções sentidas pelo artista ao pintar...’. Não temos a pretensão de formar artistas, queremos que nossos alunos, em contato com sua obra, desenvolvam a sensibilidade, imaginação, criatividade... Com certeza, cada processo de construção dos trabalhos de arte destes alunos, que trazem consigo o diagnóstico de autismo/ psicose emana uma radiação muito forte onde percebemos um pouco da emoção de cada um.”

PROJETO ESCOLA ESPAÇO DE CULTURA
OFICINA DE ARTES VISUAIS
Coordenação: Patricia Zillmer  (zillmer@portoweb.com.br)
                   Rejane Caspani Dubois (recadu@hotmail.com)
EMEEF Prof.Luiz Francisco Lucena Borges
Rua Cláudio Manoel da Costa, 270 – Jd Itu-Sabará – POA
Fone: (51) 3338.3350
Blog: www.lucenorges.blogspot.com

(Matéria publicada no site do artista)




AUTISMO
Caracteriza-se uma desordem do desenvolvimento.
Acredita-se que esteja presente no nascimento, parece ter predisposição genética e é associada a certos tipos de lesão cerebral.
O autista, apresenta uma tríade de limitações, que é a característica principal que define o transtorno.
Comunicação: limitações lingüísticas em todos os modos de comunicação: fala, entonação, gestos, expressão facial e outras formas de linguagem corporal. Imaginação: rigidez e falta de flexibilidade no processo de pensamento: resistência a mudanças, comportamento obsessivo e ritualístico. É possível apresentarem tendência a atos repetitivos com puçá variedade, como balançar o corpo e abanar mãos e braços. Socialização: os autistas apresentam pouca ou nenhuma compreensão de interações sociais normais.
Embora apresentem tais limitações, podem desenvolver grandes habilidades para música, matemática e outras de ordem pessoal, como vestir-se e alimentar-se sozinhos.

Características da criança:
Dificuldade na interação social;
Dificuldade acentuada no uso de comportamentos não verbais e no brinquedo imaginativo;

Sociabilidade seletiva;
Padrões restritos e repetitivos de comportamento, interesses e atividades;
Preocupação insistente com um ou mais padrões estereotipados (movimento circular por exemplo);
Assumir de forma inflexível rotinas ou rituais (ter “manias” ou focalizar-se em um único assunto de interesse, por exemplo);
Maneirismos motores estereotipados (agitar ou torcer as mãos, por exemplo);
Preocupação insistente com partes de objetos, em vez do todo;
Seguir uma vida rotineira e resistir mais do que uma pessoa reistiria quando ela é mudada;
Tendência a uma leitura concreta e imediatista do contexto do contexto, seja ele lingüístico ou ambiental.

Forma de trabalho:
É muito difícil para os autistas ouvir e prestar atenção na fala de outras pessoas, por isso, as coisas devem ser facilitadas para elas, como, por exemplo, executar ao mínimo as conversas desnecessárias, deve-se falar de forma clara e calma, certificando-se de ter a atenção delas antes de falar e permitindo que tenham o tempo necessário para que compreendam o que foi dito.
Existem muitas qualidades envolvidas, portanto maximizá-la deve ajudar a elevar a auto-estima e a confiança, aliviando muitos dos problemas que as condições representam.
SÍNDROME DE RETT

É uma anomalia genética, no gene MecP2, acomete quase que exclusivamente crianças do sexo feminino.
A criança se desenvolve aparentemente normal. Entre 8 e 18 meses, começa a mudar o padrão do seu desenvolvimento, ficando comprometidas as funções motoras e intelectual, ocorrem do distúrbio de comportamento e dependência, bem como regressão dos ganhos psicomotores. Esse processo causa no crânio uma microcefalia adquirida.
A partir daí a criança passa a isolar-se deixando de brincar, explorar e manusear objetos, os movimentos das mãos tornam-se esteriotipados e acaba por perder habilidades até então desenvolvidas.
Mesmo existindo infindáveis pesquisas sobre o assunto, a cura para esta síndrome, está fora do alcance dos cientistas.

Características da criança:
· Período pré natal e posterior ao nascimento considerados normais;
· Desenvolvimento anterior normal, pelo menos nos primeiros seis meses de vida, antes de iniciar a síndrome, mas contudo, apresenta desvios sutis hipotonia e discretos atrasos motores, que se dão entre seis e vinte e quatro meses de vida no máximo;
· Perímetro cefálico ao nascer e desaceleração do mesmo entre cinco meses e quatro anos de idade;
· Perda dos movimentos manuais voluntários entre seis a trinta meses de vida na forma clássica. Admite-se que nas formas futuras da síndrome, possa não haver perda completa da capacidade de usar as mãos de forma útil;
· Perda ou prejuízo severo na linguagem expressiva e receptiva, isolamento social, presença de estagnação inicial e posterior retardo no desenvolvimento psicomotor;
· Pode chegar a andar tarde, observa-se uma marcha com as pernas mais abertas, com maior base de sustentação. Quando sentados e sem apoio, podem apresentar uma espécie de movimento de balanço.

Forma de trabalho:
Professores especializados da educação especial, terapeutas educacionais (melhora das apraxias manuais(dificuldade na realização dos atos motores mais ou menos complexos e que dependem da vontade do indivíduo), uso de condicionamento, treinamento em AVD, treinamento de esfíncteres, recreação.
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SÍNDROME DE ASPERGER

Caracteriza-se por prejuízos na interação social e interesses e comportamentos limitados. Seu curso de desenvolvimento precoce está marcado por uma falta de qualquer retardo clinicamente significativo na linguagem falada ou na percepção da linguagem, no desenvolvimento cognitivo, nas habilidades de autocuidado e na curiosidade sobre o ambiente. Apresentam tendência a falar em monólogo e incoordenação motora.
Pode ser chamada também de transtorno ou desordem, apresentando-se como uma síndrome do espectro autista.
É mais freqüente no sexo masculino, e quando adultos podem viver de forma normal.
Costumam ter dificuldades com o trato social, porque não conseguem entender o emocional de outras pessoa, não conseguindo prever o que esperar dos demais ou vice versa.

Características da criança:
· Interesses específicos e restritos ou preocupações com um tema em detrimento de outras atividades;
· Rituais ou comportamentos repetitivos;
· Peculiaridade na fala e na linguagem;
· Padrões de pensamento lógico / técnico extensivo;
· Comportamento socialmente e emocionalmente impróprio e problemas de interação interpessoal;
· Problemas com comunicação;
· Habilidades de desenhar para compensar a dificuldade de se expressar verbalmente;
· Transtornos motores, movimentos desajeitados e descoordenados;
· Segundo alguns estudos, apresentam imaginação e criatividade fantasiosa mais reduzida do que uma criatividade com bases em fatos reais;
· Freqüentemente, por um QI verbal significativamente mais elevado que o não verbal.

Forma de trabalho:
As crianças conseguem aprender a como interpretar expressões não verbais, emoções e interações sociais.
Podem diferenciar-se em termos de QI e níveis de habilidades, as escolas devem ter programas individualizados para essas crianças. Os professores devem estar atentos às necessidades especiais que estas crianças precisam, elas requerem maior apoio que as restantes.
Alguns princípios a serem seguidos:
· As rotinas de classe devem ser mantidas, não gostam de surpresas, precisam ser preparados para mudanças;
· As regras devem ser flexíveis;
· Os professores podem conectar criativamente as áreas de interesse como recompensa por completar com sucesso outras tarefas;
· Muitas respondem bem a estímulos visuais, esquemas, mapas, listas, figuras etc.;
· Tentar ensinar baseado no concreto;
· Ensino didático e explicito de estratégias;
· Tentar evitar lutas de forças. Essas crianças freqüentemente não entendem demonstrações rígidas e são teimosos se forçados.
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ROTEIRO DE AÇÃO DOCENTE

Identificação:
Escola: Escola de Educação Infantil Bela Infância.
Série: Jardim A
Professora: Simone e Daniela.
I Foco:
Meio Ambiente.
II Propósito:
· Compreender por meio de explanação sobre o tema, a necessidade de cuidar e preservar o meio ambiente (conceitual);
· Preservar o meio ambiente, reciclando o lixo e controlando o uso da água (procedimental);
· Reconhecer a importância do meio ambiente, bem como suas formas de preservação (atitudinal);
· Identificar os sinais de degradação do meio ambiente, a influência do homem nestas transformações e a contribuição do mesmo para a reversão deste quadro.
III Dinâmica de aula:
· Conversa informal (análise dos conhecimentos prévios)
· Contação de história:
“Caça ao tesouro: uma viagem ecológica.”
Com o auxílio de flanelogravuras, a professora contará a história, mobilizando o grupo à uma reflexão sobre o planeta e a sua situação atual.
· Construção da “máquina fantástica” com sucata.
O grupo construirá a “máquina fantástica”, que auxiliará no trabalho de resgate do meio ambiente.
Com uma caixa grande de papelão (tamanho que permita a entrada das crianças para explorarem o espaço) e outras sucatas, se dará a confecção da “maquina”. Permitirá às crianças o desenvolvimento da imaginação e as noções de separação e utilização do “lixo”.
· Caça ao tesouro.
Através de “pistas”, os alunos deverão ir em busca do “tesouro”.
Estas pistas se darão através de frases rimadas, charadas, identificação e classificação de cores e contagem numérica.
O “tesouro” será o planeta terra (previamente confeccionado com balão, folha de jornal molhado, cola e tinta têmpera).
No decorrer do trabalho, cada aluno levará o livro para casa, e com o auxílio da família, irá reler a história e confeccionará, conforme criatividade de cada uma, algo que contribuirá para a proteção do meio ambiente, colando no planeta terra (tesouro) que estará na escola.
Material:
Livro, flanelogravura, avental, caixa de papelão e sucata.
IV Avaliação:
A avaliação será constante, considerando o desenvolvimento, crescimento e envolvimento do aluno no decorrer do trabalho.
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Durante a aplicação dos planos de aula de educação fisica no espaço da aula da Professora Alessandra, pudemos vivenciar várias situações, entre elas a mais significante que foi a integração e a parceria da turma em busca de um único objetivo que era desenvolver o projeto.
O nosso colega e todas nós entendemos que precisávamos participar da aula das colegas para que houvesse participação na nossa aula, o resultado foi muita alegria, brincadeiras e a construção do conhecimento necessário para esse tipo de prática, quando estivermos de fato diante de nossos alunos. Acho que todos nós estamos de parabéns com o resultado obtido.
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Plano de Aula Educação Física.
Dados de Identificação:
Escola:
Turma: Série:
Professoras: Daniela Bonotto Weiler
Fátima Simone do Amaral Duarte
Data:
Patologia: Autismo, Síndrome de Asperger e Síndrome de Rett.

Objetivo Geral:
Desenvolver habilidades motoras, cognitivas e sociais através de atividades de recreação, que visem a cooperação e interação do grupo.

Objetivos Específicos:
l Desenvolver habilidade de corrida;
l Exercitar percepção espacial, auditiva e atenção;
l Valorizar a importância do trabalho em equipe e afetividade;
l Promover a integração e criatividade.

Método:
Global / amplo.

Recursos:
Anel, venda para os olhos, objetos variados.

Organização programática da aula:

l Parte inicial:

Rodinha Social.
Para cabrito, corre cabrito.
Destacam-se mais ou menos 5 participantes, de preferência com algumas características em comum: boné, roupa branca..., que pegarão cabritos. Esses, ao tocarem em outro participante, dizem: “Para cabrito!” O participante tocado senta e espera que qualquer outro participante, com exceção dos pegadores e dos que estão abaixados, o toque, dizendo: “Corre cabrito!”
Deve-se limitar o espaço.
Desenvolve: aquecimento, percepção espacial, freio inibitório, percepção auditiva, sociabilidade, afetividade e velocidade.

l Parte principal:

Cachorros e casa.
Num círculo, formam-se duplas; um é a casa, fica de pé com as pernas afastadas, o outro é o cachorro, que esta em casa. A um sinal do orientador, os cachorros saem de casa, deslocando-se por fora do círculo. Num outro sinal, voltam para qualquer casa.
Num segundo momento, ocorre a troca. Quem era casa é cachorro e vice-versa.
Desenvolve: noção de espaço, direção, memória, freio inibitório e afetividade.

O meu belo castelo.
Letra:
P- Oh! Meu belo castelo, mata-tira tirarei.
G- O que vós quereis mata-tira tirarei.
P- Nós queremos uma menina(o), mata-tira tirarei.
G- Qual delas será? Mata-tira tirarei.
P- Nós queremos a(o) fulana(o), mata-tira tirarei.
G- O que dão por ela(e) mata-tira tirarei.
P- Ela(e) disse que sim (ou que não), mata-tira tirarei.
Formação: um círculo grande e outro pequeno(dois participantes apenas). O participante escolhido diz se aceita ou não a oferta. Caso aceite passará para a roda menor. Mesmo que ele não aceite inicia novamente a brincadeira.

Jogo da confiança.
Em duplas, com os olhos vendados. Um leva o outro a caminhar pelo pátio, sentir objetos e adivinhar do que se trata.
Desenvolve: confiança, integração e tato.
Variação: participante sentado, olhos vendados recebe objetos e os identifica.

l Parte final:

Passa anel.
Sentados em círculo, uma pessoa previamente escolhida passará o anel para outra, de forma que os demais não percebam com quem ficou o mesmo. Um dos participantes, deverá acertar com quem está o anel, dando continuidade ao jogo.
Rodinha social.
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sábado, 16 de maio de 2009

Autismo:
Afeta a interação social e as habilidades de comunicação
Síndrome de Asperger:
·                            Atinge diferentes áreas do desenvolvimento humano;
·                            Coexistência com outras síndromes;
Características importantes:
·                            síndrome de Asperger é igual a Autismo leve????
·                            inteligência média e boas habilidades verbais;
·                            interesses limitados e falta de flexibilidade;
·                            prazer no contato social;
·                            presença de ansiedade;
·                            altos padrões de exigência.
Síndrome de Rett.
Acontece em sua maioria em meninas e os sintomas começam a aparecer por volta de um ano e três meses.